Helena Hespanhol

Helena Hespanhol

I grew up in the city of Vila Nova de Gaia, located south of the city of Porto, in the North of Portugal. Although living in a city, I grew up with a lot of contact and sense of respect for nature, raised mainly by my grandparents and my parents who often took me and my brother on long walks and picnics in nature.

I started my bryological adventure at the University of Porto, in Portugal, when I finished my degree in Biology in 2002. I have always been curious about plants and small details, and, surprisingly, at an open day at the university to promote research and attract students, I met some young plant researchers. After this event, I decided to participate in an internship about the plant communities colonizing tree trunks in the woodlands of Northern Portugal. When I graduated, I joined a team of botanists to set up a more complete inventory of bryophytes in the Peneda-Gerês National Park. For a year, I visited amazing nature spots in these northern mountains and observed different habitats and plenty of bryological diversity. During this time, I discovered these fascinating and tiny plants in more detail, with the help of a small magnifying glass and realized that it can be a very meditative task. I had the chance to work with my professor and bryologist who introduced me to the world of bryophytes, Dra. Ana Séneca, a bryologist friend, Cristiana Vieira, companion of many bryological and personal adventures and also a lichenologist friend, Joana Marques, an enthusiastic and adventurous scientist. Together, we have visited many bryophyte and lichen species-rich sites, in Portugal and abroad. I also had the opportunity to work with the first bryologist in Portugal, Dra. Cecília Sérgio, from the University of Lisbon. I still remember those train travels, with a bag full of bryological samples that needed a more proper identification. I learned a lot with Dra. Cecília Sérgio and feel very grateful for her dedication. I always returned with a little more confidence, for new identifications.

After graduating, I moved to a PhD, to study bryophyte communities from rock outcrops in Northern and Central Portugal. I never imagined the adventure I would start and that bryophytes would take me to travel to so many places. I am still fascinated by the mountains and bryophytes that grow on rocky outcrops, with their peculiar strategies to avoid water loss. I had the opportunity to visit some important bryophyte collections in different herbaria in Europe and got to know an amazing network of bryologists by attending several conferences in Europe.

After my PhD, I started a Post-Doc, with the objective of assessing the vulnerability of bryophyte species in the context of climate change. I worked closely with national, Iberian and international researchers, submitted scientific project proposals, participated in the organization of scientific events, published scientific articles and books and also had the opportunity to mentor students. From early on, I have also been actively involved in scientific dissemination activities.

Since 2017 I am a contracted researcher at the Research Centre in Biodiversity and Genetic Resources (BIOPOLIS-CIBIO) and I am currently working on a project about combining microclimate sensor networks and models to uncover the vulnerability of bryophytes to climate change (https://linktr.ee/bryomicroclim). With this project, I hope to provide some answers to big questions in ecology, using bryophytes as model organisms.

For more information, you can check my professional background and list of publications at:

https://www.researchgate.net/profile/Helena-Hespanhol

Cresci na cidade de Vila Nova de Gaia, situada a sul da cidade do Porto, no Norte de Portugal. Embora vivendo numa cidade, cresci com muito contacto e sentido de respeito pela natureza, criado principalmente pelos meus avós e pelos meus pais que muitas vezes me levavam a mim e ao meu irmão em longas caminhadas e piqueniques na natureza.

Comecei a minha aventura briológica na Universidade do Porto, em Portugal, ao terminar a minha licenciatura em Biologia, em 2002. Sempre tive curiosidade por plantas e pequenos detalhes e, surpreendentemente, num dia aberto na universidade para promover a investigação e atrair estudantes, conheci alguns investigadores que estudavam plantas. Após este evento, decidi participar num estágio sobre as comunidades vegetais que colonizam troncos de árvores nas florestas do Norte de Portugal. Quando terminei a licenciatura, juntei-me a uma equipa de botânicos para fazer o inventário das briófitas no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Durante um ano, visitei locais incríveis nestas montanhas do Norte e observei diferentes habitats e bastante diversidade briológica. Durante este tempo, descobri mais detalhadamente estas fascinantes e minúsculas plantas, com a ajuda de uma pequena lupa e apercebi-me que pode ser uma tarefa muito meditativa. Tive a oportunidade de trabalhar com a minha professora e brióloga que me apresentou ao mundo das briófitas, Dra. Ana Séneca, uma amiga brióloga, Cristiana Vieira, companheira de muitas aventuras briológicas e pessoais e também uma amiga liquenóloga, Joana Marques, cientista entusiasta e aventureira. Juntas, visitámos muitos locais ricos em espécies de briófitas e líquenes, em Portugal e no estrangeiro. Tive também a oportunidade de trabalhar com a primeira brióloga em Portugal, Dra. Cecília Sérgio, da Universidade de Lisboa. Ainda me lembro das viagens de comboio, com uma mala cheia de amostras de briófitas que precisavam de ser identificadas. Aprendi muito com a Dra. Cecília Sérgio e sinto-me muito grata pela sua dedicação. Voltava sempre dessas viagens com um pouco mais de confiança, para novas identificações.

Depois da licenciatura, iniciei um doutoramento, para estudar comunidades de briófitas de afloramentos rochosos no Norte e Centro de Portugal. Nunca imaginei a aventura que iria começar e que as briófitas me levariam a viajar para tantos lugares. Fiquei fascinada pelas montanhas e pelas briófitas que crescem em afloramentos rochosos, com as suas peculiares estratégias para evitar a perda de água. Tive a oportunidade de visitar algumas importantes coleções de briófitas em diferentes herbários na Europa e conheci uma rede incrível de briólogos ao participar em diversas conferências na Europa.

Depois do doutoramento, segui para um pós-doutoramento, com o objetivo de avaliar a vulnerabilidade das espécies de briófitas no contexto das mudanças climáticas. Trabalhei em estreita colaboração com investigadores nacionais, ibéricos e internacionais, apresentei propostas de projetos científicos, participei na organização de eventos científicos, publiquei artigos científicos e livros e tive também a oportunidade de orientar alunos. Desde cedo, tenho também estado ativamente envolvida em atividades de divulgação científica.

Desde 2017 sou investigadora contratada no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (BIOPOLIS-CIBIO) e estou atualmente a trabalhar num projeto sobre o uso combinado de redes de sensores microclimáticos e modelos para revelar a vulnerabilidade de pequenas plantas às alterações climáticas (https://linktr.ee/bryomicroclim). Com este projeto, espero dar algumas respostas a grandes questões em ecologia, usando as briófitas como organismos modelo.

Para mais informação, pode consultar o meu percurso profissional e lista de publicações em:

https://www.researchgate.net/profile/Helena-Hespanhol